Parece estranho, mas é verdade: quando o ferro enferruja, ocorre uma reação eletroquímica muito parecida com a que acontece dentro de uma pilha. A ferrugem nada mais é do que uma oxidação — um processo em que o ferro perde elétrons — e esses elétrons poderiam, teoricamente, gerar uma corrente elétrica. Ou seja, até a corrosão é um tipo de “pilha natural” em ação.
A eletroquímica é um importante campo que ajuda a desenvolver tecnologias e materiais que atendem ao mundo moderno. Graças a ela, temos o desenvolvimento de baterias (como as de íon lítio), células solares, técnicas de produção de diversas substâncias químicas e metais pela eletrólise, além de técnicas de contenção da corrosão, um grande problema estrutural. As reações que ocorrem em processos eletroquímicos são chamadas de reações de oxirredução ou simplesmente de reações redox.
A eletroquímica é o ramo da Química que estuda as transformações químicas que envolvem transferência de elétrons. Em outras palavras, ela mostra como reações químicas podem produzir eletricidade — ou, ao contrário, como a eletricidade pode provocar reações químicas.
Esse é o princípio por trás de pilhas, baterias, eletrólise, galvanoplastia e até do funcionamento de marcapassos e veículos elétricos. A eletroquímica está literalmente em tudo o que usamos no dia a dia.
A palavra “pilha” vem da invenção de Alessandro Volta, em 1800. Ele empilhou discos alternados de cobre e zinco, separados por papelão embebido em salmoura, criando o primeiro dispositivo capaz de gerar corrente elétrica contínua. Esse empilhamento de discos deu origem ao nome “pilha”, e o termo volt (volt) foi adotado em homenagem a Volta.
As pilhas e baterias são dispositivos eletroquímicos capazes de converter energia química em energia elétrica de forma espontânea.
Dentro delas, duas reações de oxirredução acontecem em compartimentos separados — cada um com um eletrodo (ânodo e cátodo) mergulhado em soluções eletrolíticas diferentes.
Quando ligamos uma lanterna ou um controle remoto, por exemplo, o que está acontecendo é uma reação química que empurra elétrons através do circuito — e isso é eletricidade.
Enquanto as pilhas produzem energia elétrica a partir de reações químicas espontâneas, a eletrólise faz o contrário:
usa energia elétrica para forçar uma reação química não espontânea a acontecer.
É o caso da produção de cloro e soda cáustica a partir do sal (NaCl), da galvanoplastia (revestimento metálico de objetos) e da recarga de baterias.
Na eletrólise, a corrente elétrica “empurra” os elétrons no sentido oposto, fazendo com que substâncias sejam decompostas.
Toda reação eletroquímica envolve duas etapas complementares: oxidação e redução.
Oxidar: dar elétrons.
Reduz: recebe elétrons.
Esses processos sempre ocorrem juntos, porque o elétron perdido por uma substância precisa ser recebido por outra. É o que chamamos de reação de oxirredução ou simplesmente reação redox.
Em uma pilha os polos recebem os seguintes nomes:
Polo negativo (-): Ânodo → onde ocorre oxidação → perde elétrons.
Polo (+): Cátodo → onde ocorre redução → ganha elétrons.
Os elétrons fluem do ânodo para o cátodo pelo fio condutor.
Na eletrólise, o sentido de corrente é o mesmo, mas o caráter dos polos se inverte, pois o processo é forçado por uma fonte externa de energia.
APRESENTAÇÃO - ELETROQUÍMICA - PILHAS.pdfLista de Atividades - Eletroquimica 1.pdfQUÍMICA - ELETROQUÍMICA - ATIVIDADES 2.pdf